De acordo com a informação divulgada pelo município, o projeto começa no início do verão e passa pela "requalificação de todas as fachadas do mercado, bem como das bancas onde se instalam as históricas floristas" existentes naquele espaço.
A mesma nota sublinha que esta é "uma intervenção por dentro e por fora, fortemente comprometida com a valorização da identidade histórica e do património do Mercado dos Lavradores", estando incluída no projeto de revitalização dos mercados municipais protagonizado pelo atual executivo camarário, presidido por Paulo Cafôfo.
Segundo a autarquia do Funchal, todas as fachadas do mercado serão recuperadas, visando "preservar a traça original do histórico edifício inaugurado em 1940 e que constituiu um símbolo da arquitetura do Estado Novo".
O Mercado dos Lavradores é um imóvel da autoria do arquiteto Edmundo Tavares, o qual também projetou, entre outros, a Agência do Banco de Portugal e o Liceu Jaime Moniz, no Funchal, recorda.
O município do Funchal descreve que o mercado será alvo de uma "intervenção a nível estético, de limpeza, retificação e pintura das fachadas, que recuperarão o amarelo ocre original".
Adianta ainda que será uma "reabilitação a nível geral, com a execução de todos os trabalhos inerentes a uma boa recuperação exterior do edifício, o que vai incluir todos os beirais na envolvência do edifício e a colocação de vidros novos, tanto na Praça do Peixe, como em todo o primeiro piso".
A informação menciona que a intervenção exterior vai custar cerca de 105 mil euros, salientando que a inovação acontecerá sobretudo na "renovação integral dos espaços destinados às históricas floristas, que são um dos símbolos maiores deste espaço incontornável do Funchal".
Acrescenta que estas vão passar a dispor de "estruturas adequadas para a colocação de flores e bolbos, respeitando o processo de certificação de qualidade que está a ser introduzido no Mercado" e que será salvaguardada a tradição, continuando a existir balcões em madeira, cestos de vime e os trajes típicos.
Também a localização das floristas vai manter-se na entrada do mercado, passando a existir 13 módulos para venda de flores, sendo "um para cada uma das profissionais que atualmente já desempenha estas funções" e que vão passar a estar identificados com o nome de cada uma delas, sendo estas profissionais dotadas de "espaços personalizados".
"A Câmara Municipal do Funchal ressalva que todo o trabalho de ‘design’, bem como todas as plantas de pormenor, foram desenvolvidos com recursos internos", refere a mesma nota, indicando que "o investimento na concretização" desta parte do projeto ascende a 65 mil euros.
O município funchalense também afirma que começou a implementar, em maio, pela primeira vez na história do Mercado dos Lavradores, um processo de certificação de qualidade, especialmente focado nas questões da higiene e da segurança alimentar.