De acordo o Ministério das Finanças, o valor dos reembolsos liquidados e com ordem de pagamento até ao final da semana passada (últimos dados oficiais disponíveis) totalizou 2.596 milhões de euros.
Já as 955.711 notas de cobrança emitidas visam o pagamento de 1.492 milhões de euros, pelo que cada um dos contribuintes visados terá a pagar, em média, 1.561 euros.
Das quase 5,7 milhões de declarações submetidas até aquela data – algumas das quais já depois de terminado o prazo limite – há 31% que foram entregues com recurso ao IRS automático, um valor abaixo do potencial já que este ano este automatismo poderia chegar a cerca de dois terços dos contribuintes.
Apesar da tipologia de rendimentos e perfis de contribuintes abrangida pelo IRS automática ser cada vez mais vasta há vários motivos que podem levar um contribuinte a optar por proceder à entrega do Modelo 3, nomeadamente o facto de o valor das deduções calculadas pela AT ser inferior a que indicam as faturas com NIF que aquele tem na sua posse.
Segundo os dados da AT, até ao final da semana passada foram apuradas 1.656.677 declarações com um resultado nulo, o que significa que os contribuintes em causa não terão nem reembolso a receber, nem imposto a pagar.
A entrega da declaração anual do IRS terminou no dia 30 de junho. De acordo com a legislação em vigor, a liquidação do IRS tem de estar concluída em 31 de julho, tendo o imposto de ser pago ou devolvido (via reembolso) até 31 de agosto.