Segundo um responsável local russo, citado por agências de notícias de Moscovo, tratou-se da explosão de sete vagões de um comboio-cisterna com combustível, tendo sido cortada a circulação rodoviária na ponte rodo-ferroviária inaugurada em 2018. Duas vias rodoviárias colapsaram com a intensidade da explosão.
A ponte é um ponto de acesso chave que a Rússia construiu depois de ter ocupado e anexado a Crimeia da Ucrânia, em 2014, em violação do direito internacional.
"Hoje às 6.07 horas da manhã (3.07 horas GMT) no lado do tráfego rodoviário da ponte da Crimeia um carro-bomba explodiu, incendiando sete cisternas de petróleo transportados por caminho-de-ferro para a Crimeia", revelam agências russas, que citam o comité nacional anti-terrorismo.
Um porta-voz do Kremlin diz que Putin ordenou a criação de uma comissão para investigar a explosão e o chefe do parlamento regional instalado pela Rússia na Crimeia, Vladimir Konstantinov, culpou os "vândalos ucranianos" pelo incidente.
A Rússia tinha mantido a ponte em segurança apesar dos combates na Ucrânia, mas tinha ameaçado Kiev com represálias se esta fosse atacada. Se se estabelecer que a Ucrânia estava por detrás da explosão, é uma questão de grande preocupação para Moscovo, uma vez que a ponte está longe da linha da frente.
O chefe do gabinete da presidência da Ucrânia, Andrii Podolyak, publicou no Twitter uma foto de uma longa secção da ponte meio-submergida nas águas.
"Crimeia, a ponte, o início", escreveu. "Tudo o que é ilegal deve ser destruído, tudo o que é roubado deve ser devolvido à Ucrânia, tudo o que é ocupado pela Rússia deve ser expulso".
Sem reivindicar a autoria da explosão, o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional ucraniano, Oleksiy Danilov, publicou no Twitter um montagem com a justaposição da imagem da explosão, com o famoso vídeo de Marilyn Monroe a cantar os parabéns ao "senhor presidente", numa alusão ao aniversário de Vladirmir Putin, que se celebrou sexta-feira.