“Este é um momento único na história da democracia na Madeira”, disse o novo líder socialista madeirense, no encerramento do XVIII congresso regional do partido, que reuniu cerca de 400 congressistas no Funchal e contou com a presença da secretária-geral adjunta do Partido Socialista, Ana Catarina Mendes.
A reunião serviu para confirmar a eleição, a 19 de janeiro, de Emanuel Câmara, o presidente da Câmara Municipal do Porto Moniz que sucede a Carlos Pereira à frente do PS/Madeira.
“É possível haver uma alternância democrática na Madeira e não tenho dúvida de que ela acontecerá, finalmente, em 2019”, salientou, prometendo dar à região "o presidente [do executivo regional] que os madeirenses querem, Paulo Cafôfo", atual presidente da câmara do Funchal.
Emanuel Câmara considerou que o PS se tornou uma “alternativa mais sólida, viável e credível para colocar a Madeira no rumo certo”, num momento em que a maioria do PSD no arquipélago evidencia o “regresso ao passado, de volta às catacumbas do jardinismo”.
“Esperámos 40 anos para podermos dizer, com direito e propriedade, que seremos uma alternativa total”, vincou, reforçando que o partido está “preparado para voos mais altos e o Governo da Madeira está ao alcance dos socialistas”.
O novo líder do PS na Madeira sustentou que o partido teve "a coragem de assumir finalmente o seu papel e de jogar para ganhar”.
Emanuel Câmara acrescentou que este é “um momento único porque o PS tem hoje uma hipótese real, efetiva e imperdível de ser poder e de concretizar o que gerações e gerações de socialistas, democratas e autonomistas sonharam: uma região que aposta nas pessoas em primeiro lugar”.
O presidente do PS/Madeira considerou que esta é “a oportunidade" que todos os socialistas "sempre quiseram ter, de provar que [o partido] pode fazer diferente, e que tem a competência, a capacidade, a seriedade e a coragem necessárias para fazer mais e melhor”, considerando que “esse dia chegou”.
“Lançámos ao terreno as sementes da mudança, estivemos à altura da confiança, e soubemos merecer a esperança que está para chegar ao Governo desta terra, depois de já ter chegado às juntas e às câmaras onde governamos”, argumentou.
O líder do PS madeirense sublinhou que o partido será “capaz de colocar a Madeira no rumo certo”, anunciando que vai “abrir as portas” à sociedade civil e reeditar a iniciativa dos "estados gerais" do Partido Socialista.
Para Emanuel Câmara, este congresso demonstrou que o partido está “mais forte, unido, coeso e mobilizado”, realçando que todos são precisos e que esta é a sua “primeira e mais importante coligação" para vencer as eleições regionais de 2019, "a coligação com a sociedade civil”.
“Nunca desistimos, não jogámos a toalha ao chão porque estávamos certos de que o nosso tempo chegaria”, observou.
No seu entender, “aquilo que até há bem pouco tempo era visto como um sonho, hoje é um projeto firme e em breve, já em 2019, será uma realidade com repercussões positivas para a Madeira”.
Entre outros aspetos, mencionou que a sua liderança será um “projeto de poder sustentado de regeneração interna”, que não fará “promessas que não possa cumprir” e que tem uma “agenda de inspiração social”.
Estiveram na sessão de encerramento do congresso Fernanda Cardoso (PSD), Sílvia Vasconcelos (PCP), Roberto Almada (BE), António Lopes da Fonseca (CDS) Patrícia Spínola e Élvio Sousa (JPP). Marcaram também presença representantes da Ordem dos Médicos e dos sindicatos dos médicos e dos médicos dentistas, além das estruturas representativas dos enfermeiros na Madeira.
Neste congresso foram aprovadas as listas únicas para a Comissão Regional (94,3%), Comissão Regional de Jursdição (95%) e Comissão Regional de Fiscalidade (92,2%).
C/ LUSA