Na sequência das declarações avançadas pelo deputado Carlos Pereira, a propósito da reunião mantida com a ANAC (Autoridade Nacional da Aviação Civil), o Secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura vem fazer os seguintes esclarecimentos:
“Mais uma vez, o deputado Carlos Pereira presta-se a declarações que, para além de vazias e assentes no estilo propagandístico a que já nos habituou, confundem a opinião pública e refletem um total desconhecimento dos temas que, propositadamente ou por ignorância, mistura, numa tentativa desesperada de marcar a agenda mediática.
É lamentável que se confunda uma alteração do tarifário e da oferta de uma das companhias aéreas que viaja para a Madeira, neste caso a TAP, tomada há poucos dias e exclusivamente pautada por critérios comerciais e pela lógica da oferta e da procura, com o modelo do subsídio social de mobilidade que se encontra em vigor e que aguarda a sua revisão, precisamente adiada pelo seu Partido.
Ainda mais grave será a postura deste deputado madeirense ao legitimar este Governo da República na recusa ao cumprimento da Lei, dando-lhe cobertura para a transgressão que tem vindo a ser progressivamente reiterada de não permitir a revisão do modelo do subsídio social de mobilidade.
A grande novidade da reunião levada a cabo – e que o deputado Carlos Pereira decide anunciar com pompa e circunstância – é que o relatório dos CTT, que deveria ter sido entregue ao Governo Regional em janeiro de 2016, surgirá em 2017. Está, portanto, em causa, a legitimação do Estado no incumprimento de uma lei que coloca os madeirenses numa situação desprotegida, não fazendo qualquer sentido que um deputado madeirense atraiçoe e vá contra os direitos da população que devia defender, acima de quaisquer interesses pessoais e/ou partidários.
Lamenta-se, pois, mais esta encenação política que só poderá ser entendida à luz da má-fé a que este deputado já nos tem habituado nas diligências que vem tomando junto do Governo da República do seu Partido ou pela ignorância e leviandade de quem, aproveitando-se do seu estatuto, repete inverdades na praça pública, numa total ausência de responsabilidade e serviço público para o qual foi eleito”.