"Se não podemos viver em guerrilha permanente, muitas vezes por questões estéreis, também não podemos viver de cócoras", disse o deputado socialista no Período Antes da Ordem do Dia (PAOD).
Jaime Leandro lembrou que "a conquista da autonomia foi um processo aliciante e doloroso para quem nunca se vergou ao centralismo de Lisboa e aos interesses da circunstância".
"Foi isso que sempre defendi e defendo, foi isso que fiz enquanto dirigente partidário, não admiti, nem admito ingerências, nem traições nacionais, da mesma maneira que não admito qualquer resquício de colonialismo do continente relativamente a esta terra", disse.
Para o deputado socialista, "defender a região é também exigir respeito pelo estatuto autonómico que detemos, o qual, não raras vezes, custa a ser entendido pelo todo nacional, independentemente da cor política que governa em determinado momento".
"Somos o que somos e o país tem de viver com isso, não podemos ser apenas uma refração da nossa imagem", acrescentando que recusa "a falta de princípios em detrimento da aferição de fidelidades"
"Acredito em alternativas credíveis, desconfio das alternâncias sofríveis", disse o ex-presidente do grupo parlamentar do PS na ALM, eleito em sede da direção então liderada por Carlos Pereira.
Ainda no âmbito do PAOD, e logo a seguir ao deputado socialista, o líder do grupo parlamentar do PSD, Jaime Filipe Ramos, lamentou que o reforço da autonomia política não tenha acontecido durante a atual legislatura porque o país teve "um primeiro-ministro e uma maioria parlamentar anti-autonomia".
"A legislatura tem sido marcada pelo rancor do primeiro-ministro e do PS com a Madeira e este rancor castigou os madeirenses durante quatro anos e impediu o avanço da autonomia e dos seus direitos", concluiu.
LUSA