“Em todas as mesas de voto que visitámos, sentimos uma grande afluência, uma grande tranquilidade, inclusive com muita transparência em termos de contagem de votos”, afirmou a deputada socialista numa declaração enviada à agência Lusa.
Na qualidade de presidente do Fórum das Mulheres Parlamentares da Assembleia Parlamentar do Mediterrâneo (APM), a deputada Joana Lima (PS) integrou a delegação da APM na Missão de Observação Eleitoral (MOE) às eleições gerais da Turquia.
“Eu estive presente numa sala com quatro mesas de votos e o que eu vi foi transparência e organização. Esta sala era em Istambul, foi a única a que assisti em termos de contagem de votos e até me surpreendeu porque é completamente diferente do que estamos acostumados no nosso país”, declarou Joana Lima sobre a contagem de votos.
A deputada socialista sublinhou que nesta contagem de votos que acompanhou, houve uma votação “muito expressiva” para o candidato opositor Kemal Kilicdaroglu.
Joana Lima declarou, que entre outros membros desta missão, estava acompanhada de três deputados da Roménia, dois da Argélia e um do Marrocos.
O presidente da Comissão Eleitoral da Turquia, Ahmet Yener, disse hoje em Ancara que já foram contados 99,4 por cento dos votos nacionais e 84% dos votos no estrangeiro, sendo que o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tem nesta altura 49,4% dos votos, e o opositor Kemal Kilicdaroglu, 45% dos votos.
Ainda não se trata da divulgação do número definitivo mas as eleições presidenciais turcas encaminham-se para uma segunda volta, com o Erdogan, que governa o país há 20 anos, a liderar sobre o principal adversário, mas a ficar aquém dos votos necessários para uma vitória absoluta.
O terceiro candidato, o nacionalista Sinan Ogan, obteve 5,2 dos votos, até ao momento.
Esta MOE da APM decorrerá entre os dias 12 a 16 de maio, em Istambul, e inclui reuniões bilaterais da presidente do Fórum das Mulheres Parlamentares com organizações que dão apoio a famílias afetadas pelo terramoto de 06 de fevereiro de 2023, em Gaziantep.
Joana Lima acrescentou que a APM já participou em várias missões de observação eleitoral e que esta é a primeira que participa.
Lusa