Ricardo Lume salientou que as máscaras passaram a ser "uma necessidade básica" para as famílias e empresas no período da pandemia, condenando o inflacionamento destes produtos.
O deputado exemplificou que antes do estado de emergência uma caixa com 50 máscaras custava, na farmácia, 3,65 euros e "hoje custa 26 euros".
"Esta é uma situação incomportável para famílias e empresas, pelo que é um custo que tem de ser regulado pelo Governo Regional", defendeu, garantindo "um preço justo para a segurança individual e coletiva".
O deputado do PSD Brício Araújo chamou, contudo, a atenção de que os preços inflacionados "não são cometidos pelos comerciantes, mas na origem", ou seja, na importação.
Referiu ainda ser uma questão que deve ser tratada com equilíbrio sob pena de os comerciantes se desinteressarem da sua comercialização.
O PCP apresentou ainda uma outra resolução a recomendar o pagamento a 100% aos trabalhadores afetados pela Covid-19, tendo a deputada do PSD Clara Gomes retorquido que o Governo Regional tem assumido "uma atitude exemplar" na "salvaguarda de toda a população, quer famílias, quer empresas".
O JPP, através do líder parlamentar, Élvio Sousa, apresentou, por seu lado, um projeto de resolução recomendando ao Governo Regional o prolongamento da isenção do pagamento dos consumos de eletricidade a todos os contribuintes da Madeira durante o estado de emergência, atendendo as dificuldades das famílias, das empresas, da situação do "lay-off" e do previsível aumento do desemprego.
Carlos Rodrigues, do PSD, lembrou que o apoio do Governo Regional neste domínio atingiu os 6,3 milhões de euros mas, após esse período, "o apoio tem de ser seletivo" e dirigido a quem "realmente precisa" porque "a Região continua ainda espartilhada pela falta de resposta da República".
Por seu lado, o líder parlamentar do CDS, Lopes da Fonseca, lembrou que o Governo Regional foi "pioneiro num primeiro ataque" às consequências da Covid-19, sublinhando que o executivo "já beneficiou mais de 53 mil famílias e mais de mil empresas".
O deputado do PS Rui Caetano recomendou ao Governo Regional que, no domínio do ensino à distância, garanta igualdade de oportunidades a todos os alunos do sistema regional de educação, lembrando que 66% dos alunos no arquipélago beneficiam da Ação Social Escolar.
"Nem todas as famílias têm meios financeiros, nem condições habitacionais para o ensino à distância", defendendo, por isso, que o Governo Regional deve fazer "um levantamento rigoroso dos alunos que não possuem os meios para acompanhar o ensino à distância".
Valter Correia, do PSD, considerou "extemporânea" a resolução do PS, salientando o investimento do Governo Regional na aquisição de 600 computadores, que a oposição, PS, JPP e PCP, declara "não terem ainda chegado aos alunos".