“Não temos qualquer indicação de que vá haver qualquer tipo de resistência dos jovens à vacinação, pelo contrário. Tudo nos indica que os jovens estão ansiosos para poderem ter a sua vacinação, porque se querem proteger, porque não querem ter o risco de andar a infetar outros e porque querem ter maior liberdade de poderem aceder a um conjunto de atividades, onde hoje, para aceder, têm de ter o certificado de vacinação ou o incómodo de andarem a ser testados”, considerou.
Em declarações prestadas na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros que definiu os próximos passos para a gestão da pandemia, o líder do Governo disse que a testagem “não é propriamente a coisa mais agradável” na vida e defendeu que “é natural que, entre a vacinação e os testes, as pessoas prefiram naturalmente ser vacinadas”.
Sobre os planos para a vacinação de menores entre os 12 e os 17 anos, António Costa vincou a sua vontade de não se antecipar à posição da Direção-Geral da Saúde, que “está a completar a sua recomendação”, mas reafirmou a capacidade de resposta do governo e da ‘task force’ para a execução desse processo.
“A ‘task force’ está preparada para a vacinação integral das cerca de 570 mil crianças e jovens entre os 12 e os 18 anos naquela fase do calendário. Os primeiros fins de semana, já a 14 de agosto, serão dedicados aos jovens entre os 18 e os 16, quanto a esses não há dúvida nenhuma e há uma recomendação de vacinação; há também uma recomendação de vacinação para os maiores de 12 que tenham comorbilidades”, observou.
E continuou: “A questão que está neste momento em dúvida é entre os 12 e os 15 para as crianças que não tenham outras comorbilidades. Se a recomendação for no sentido de vacinar ou de permitir que essa vacinação exista por decisão dos pais ou dos médicos, temos tudo preparado para que assim seja: doses de vacina e logística montada”.
No entanto, António Costa foi mais longe e admitiu que a vacinação dos jovens “seria uma garantia acrescida”, sobretudo se estivesse completa até ao arranque do ano letivo, no sentido de garantir que as aulas poderiam começar “com tranquilidade e sem novas perturbações devido à falta de vacinação”.