“É fundamental não só um cessar-fogo, mas que possamos criar as condições para uma solução duradoura que passa pela criação de dois Estados na região onde se assegure a liberdade de vida ao povo israelita e ao povo palestiniano”, defendeu António Costa, em Paris, na sua última visita ao estrangeiro como chefe do Governo português.
Costa manifestou a sua satisfação pelo facto de a União Europeia ter conseguido chegar a um acordo e a “uma posição comum para exigir uma pausa nos combates de forma a permitir a ajuda humanitária ao povo palestiniano”.
“Aquilo que se passa é um caso absolutamente inadmissível de violação do direito internacional e do direito humanitário”, argumentou António Costa, depois de lembrar que os países europeus não só condenaram os ataques do Hamas de 07 de outubro, como concordaram com o direito de Israel a defender-se e até a atacar aquele grupo terrorista palestiniano.
Costa considerou, no entanto, que “ninguém pode reconhecer o direito de Israel a atacar de forma indiscriminada o povo palestiniano e a não assegurar o direito à vida, à tranquilidade e à paz do povo palestiniano”.
O primeiro-ministro cessante deslocou-se a Paris na sexta-feira para assistir, acompanhado pela presidente da Câmara de Paris, a um concerto franco-português, comemorativo da Revolução dos Cravos, pela Orquestra Parisiense Centenária “Colonne”, dirigida pelo maestro Cesário Costa.
Hoje, António Costa presidiu a uma cerimónia de imposição das insígnias da Ordem do Mérito a Emmanuel Demarcy-Mota e a Victoire di Rosa na embaixada de Portugal em França.
A distinção foi justificada pelo “notável trabalho na Temporada Cultural Cruzada Portugal-França 2022” desenvolvido por Emmanuel Demarcy-Mota e Victoire di Rosa.
Questionado sobre o estado de saúde da princesa de Gales, Kate Midleton, Costa desejou as melhoraras e uma rápida recuperação.
Lusa