Durante uma visita às obras de construção de uma residência universitária e de um centro de investigação do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), em Barcelos, António Costa destacou o “papel extraordinário” que o ensino superior politécnico tem desempenhado na qualificação do país.
“As qualificações e a inovação são a chave do nosso desenvolvimento”, sublinhou, naquele que foi o último ato do “Governo + próximo”, que durante dois dias levou membros do executivo aos 14 concelhos do distrito de Braga.
O primeiro-ministro referiu o “grande investimento” registado nos últimos anos em investigação e desenvolvimento e o “esforço muito grande” que o país vai ter de continuar a fazer nesse caminho, para reforçar a sua competitividade.
Uma das medidas passa por aumentar o número de jovens a frequentar o ensino superior.
Atualmente, referiu, 20 por cento dos portugueses com 20 anos estuda numa universidade ou num politécnico, mas a meta é que essa percentagem suba para 60 por cento em 2030.
Paralelamente, destacou a aposta no aumento de residências universitárias, dando conta de que, com o Plano de Recuperação e Resiliência, o número de camas vai aumentar de 15 mil para 28 mil.
“Vamos quase duplicar o número de camas”, referiu, destacando a importância desse investimento para democratizar a frequência do ensino superior.
António Costa aludiu ainda à reforma aprovada na Assembleia da República que veio permitir aos politécnicos conferirem grau de doutor, acabando com essa diferença em relação às universidades.
“O ensino superior politécnico tem desempenhado um papel extraordinário, cuja qualidade foi expressamente reconhecida com essa reforma”, referiu.
Além da residência em construção hoje visitada por António Costa, o IPCA vai ter uma outra, ficando com um total de 195 camas.
O IPCA deixará, assim, de ser a única instituição de ensino superior público do país sem residência para alunos.
Lusa