António Costa falava aos jornalistas depois de ter estado presente numa sessão em Lisboa sobre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) referente ao programa de digitalização da Segurança Social.
Interrogado se os atuais membros do Governo devem também preencher já o questionário adotado recentemente pelo seu executivo para efeitos de indigitação de futuros secretários de Estado e de ministros, António Costa alegou não haver qualquer necessidade disso, e justificou:
“O questionário é uma ferramenta que foi criada para que eu próprio, quando escolho ministros, e os ministros, quando estes escolhem secretários de Estado, tenham mais informação devidamente estruturada na avaliação das escolhas. Os atuais membros do Governo, como eu próprio, já apresentámos as declarações que estão a ser sindicadas por entidades externas, umas no Tribunal Constitucional, outras na Assembleia da República”, assinalou.
Portanto, de acordo com António Costa, os atuais membros do Governo “já cumpriram essas obrigações” declarativas.
“As declarações estão apresentadas e, se houver algum problema, o Tribunal Constitucional, o Ministério Público ou a Assembleia da República tomarão as medidas adequadas”, frisou.
Interrogado se leu o artigo publicado na terça-feira pelo antigo primeiro-ministro José Sócrates na edição online do jornal Expresso, António Costa respondeu com um “não”.
Nesse artigo, o antigo líder socialista José Sócrates acusa o primeiro-ministro de estar disposto a negociar a natureza do regime ao aceitar a presunção da culpa e até admitir entregar ao Ministério Público a indagação prévia de governantes.
Lusa