A responsável pela pasta da saúde no executivo comunitário lembrou que o combate à pandemia de Covid-19 só poderá ter sucesso se houver “coordenação e solidariedade” de todos os países do mundo.
É por essa razão que a Incubadora HERA (sigla da futura Autoridade Europeia de Preparação e Resposta a Emergências de Saúde), lançada pela Comissão Europeia no passado dia 17 de fevereiro, será aberta a países que não estejam incluídos na União Europeia, como a Suíça.
“A HERA implica necessariamente a coordenação entre muitas agências semelhantes”, justificou a comissária, acrescentando, contudo, que a proposta em torno desta incubadora vai “avançar no final deste ano”, altura em que a Comissão poderá dar mais detalhes sobre esta matéria.
De acordo com Stella Kyriakides, a incubadora HERA visa “fornecer incentivos para desenvolver vacinas, para acelerar o seu processo de aprovação e garantir um aumento da capacidade de produção” das mesmas.
Esta iniciativa da Comissão Europeia pretende assim proceder a uma melhor deteção das estirpes da Covid-19, envolvendo investigadores, empresas biotecnológicas, fabricantes, reguladores e autoridades públicas, para monitorizar variantes, trocar dados e cooperar na adaptação de vacinas.
Já em relação ao Espaço Europeu da Saúde, uma outra proposta da Comissão Europeia, Stella Kyriakides sublinhou que esta tem “recebido apoio por parte de todos os Estados-membros” e acrescentou que a Conferência sobre o Futuro da Europa será “um bom ponto de partida para avançar com esta discussão”.
A comissária participou na videoconferência “Como a Covid-19 deu à Europa um novo projeto para a política de I&I no domínio da saúde?”, organizada pela Science/Business Network, uma plataforma que reúne organizações europeias das áreas da investigação científica, inovação, indústria e políticas públicas.