De acordo com o secretário da Mesa da Assembleia da República, o social-democrata Duarte Pacheco, registou-se consenso por parte dos vários partidos sobre a decisão, embora o BE defenda, desde já, que estão em causa de facto apoios em duplicado.
O semanário Expresso noticiou, no sábado, casos de deputados de PSD, PS e BE eleitos pelos Açores e Madeira que beneficiam dos abonos de 500 euros do parlamento para as viagens semanais aos respetivos círculos eleitorais e também do subsídio de mobilidade pago naquelas regiões autónomas, sendo assim novamente ressarcidos pelas despesas.
Ferro Rodrigues voltou a defender que "não há nenhuma ilegalidade" dos parlamentares em causa e que as referidas "normas estão em vigor há mais de 10 anos", não se justificando qualquer "julgamento ético", ainda segundo Duarte Pacheco.
Na terça-feira, o secretário-geral da Assembleia da República, Albino de Azevedo Soares, pediu que a Comissão para a Transparência refletisse sobre o assunto, num memorando enviado ao gabinete do presidente do parlamento.
Na segunda-feira, o PSD requereu que a Subcomissão de Ética se pronuncie "com caráter de urgência" sobre a eventual duplicação de apoios pagos, num rol de nomes que inclui o presidente e líder da bancada socialista, Carlos César.
O deputado bloquista Paulino Ascenção renunciou ao mandato em virtude da polémica, prometendo devolver as verbas a instituições sociais da Madeira.
LUSA