A Eurodeputada do PSD falou aos jornalistas onde exprimiu uma grande satisfação pelo sucesso das negociações no que diz respeito à redução do corte na pesca do Peixe Espada Preto e ao facto de ter sido reconsiderada a quantidade de pesca acessória, onde se inclui a questão da "Gata".
Segundo Cláudia Monteiro de Aguiar “este é um resultado bastante gratificante de reconhecimento do trabalho que temos vindo a desenvolver nas instâncias europeias. Não é fácil e nem sempre é visível ou perceptível as negociações e envolvimento necessários para chegarmos a consensos, mas entendo que o trabalho realizado em estreita parceria com o Governo Regional, nomeadamente com o Secretário Regional que tutela esta matéria, contribuiu decisivamente para que as autoridades europeias além de sensibilizadas realmente ajustassem as medidas que teriam impacto em termos económicos e sociais na Região da Madeira caso não sofressem alterações”
Durante os últimos dois anos a Eurodeputada madeirense empenhou-se junto da Comissão Europeia para que questões em matéria de pesca, em casos como o do Peixe Espada Preto ou do Peixe Gata fossem consideradas e salvaguardadas sem prejuízo quer em termos económicos para pescadores e empresas que trabalham com o sector, como o esforço em que se permitam manter formas tradicionais que caracterizam algumas regiões com ligação efetiva ao Mar.
Segundo a Secretaria da Agricultura e Pescas, existirá uma redução das capturas de 12% na pesca do peixe-espada durante os próximos dois anos, alcançando-se as 2.487 toneladas em 2017 e as 2.189 toneladas em 2018, valores estes ainda dentro das normais pescarias realizadas pelos pescadores madeirenses. Além disso, será novamente possível proceder à pesca acessória de tubarões até ao valor das 10 toneladas, acitividade esta que tinha sido anteriormente proibida pela União Europeia.
“Sempre o afirmei e irei continuar a reforçar a importância de mantermos as nossas tradições locais. Nas Regiões Ultraperiféricas, há uma grande variedade de pequenas comunidades que são altamente dependentes do seu próprio tipo de pesca tradicional. Nos países do Sul, como também nas Regiões Ultraperiféricas existem tradições culturais, gastronómicas e sistemas típicos de pesca que devem ser respeitados pelos legisladores europeus” referiu Cláudia Monteiro de Aguiar.