“Esta isenção justifica-se, uma vez que centenas de pessoas dos municípios de Câmara de Lobos, Ribeira Brava e Ponta do Sol usaram elevadas quantidades de água das suas casas e poços para combater os incêndios nas suas localidades e para ajudar os bombeiros na contenção dos fogos”, explicou o partido madeirense, numa nota.
O partido destacou ainda que, após a extinção do fogo, “serão necessárias grandes quantidades de água para proceder às limpezas de residências e acessibilidades, o que vai agravar a já difícil situação económica de muitos madeirenses”.
A medida deve abranger o abastecimento domiciliário e a água de rega.
O CDS-PP Madeira tem um acordo de incidência parlamentar com o PSD na assembleia legislativa madeirense, embora sem maioria absoluta.
O incêndio rural na Madeira deflagrou na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho de Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol.
Nestes sete dias, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos, e da Furna, na Ribeira Brava.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais. Uma bombeira recebeu assistência hospitalar por exaustão, não havendo mais feridos.
Projeções do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais, citadas pelo Governo Regional, apontam para sete mil hectares ardidos.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, diz tratar-se de fogo posto.
Lusa