"Não é um assunto [as coligações] em que eu perca um segundo, mas também sou sincero com os madeirenses: o CDS deseja e quer capacidade para poder, se o povo assim o desejar e se houver convergência programática, exercer o poder", disse após a reunião da Comissão Política Regional do partido, no Funchal.
Rui Barreto salientou que pretende "oferecer" aos madeirenses um programa de governo "credível e exequível", manifestando-se disponível para uma "convergência de políticas" com outros partidos após as eleições legislativas.
"O CDS estará disponível, num quadro de negociação programática e num contrato público transparente, poder convergir em políticas em prol dos madeirenses", disse, evitando, no entanto, indicar com que partido poderia negociar.
"Quem tem de decidir a ordem do parlamento é o povo e do parlamento nascem os governos e as maiorias", declarou.
Rui Barreto destacou, por outro lado, os resultados das eleições europeias, onde o CDS obteve o "melhor resultado nacional" do partido (8.033 votos – 8,08%), levando-o a considerar "estará no centro da decisão" na Região Autónoma da Madeira, onde é o maior partido da oposição com sete deputados no parlamento regional.
Quanto às propostas de programa de governo, o líder centrista indicou que a prioridade será a Saúde, uma área onde já se destacou, ao apresentar 90 iniciativas parlamentares nos últimos quatro anos em defesa do sistema público.
"Orgulho-me de liderar um partido que não está refém de qualquer grupo económico", afirmou, acusando o governo social-democrata de Miguel Albuquerque de ter agravado os problemas do setor, nomeadamente ao nível das listas de espera, que eram de 16 mil utentes em 2015, no início do mandato, e atualmente ultrapassam os 22 mil.
Rui Barreto criticou também o PS, dizendo ser um partido que "não oferece confiança".
"Se o povo der oportunidade, o CDS vai mexer com o sistema de saúde a favor dos madeirenses", assegurou.
C/ LUSA