“O CDS manifesta a sua surpresa pela decisão do Governo Regional relativamente ao fecho do Gabinete de Apoio ao Emigrante”, comunicado no último Conselho do Governo, disse o deputado Roberto Rodrigues numa conferência de imprensa.
O parlamentar centrista referiu que este gabinete “foi criado pada ajudar as pessoas que abandonaram a Venezuela, que tiveram que vir para a Madeira, alguns em situação de pobreza extrema e grandes dificuldade, para apoiar na sua reintegração”, argumentou.
“Enquanto a situação não ficar totalmente esclarecida, é necessário que o Governo Regional elabore um relatório da atividade do gabinete e a entregue na Assembleia da Madeira”, sustentou.
Roberto Rodrigues considera ser necessário saber “até que ponto [o gabinete] trabalhou, o seu sucesso ou insucesso” e porque foram dadas por “concluídas” as suas funções.
Mas, enquanto tal relatório não for apresentado, o grupo parlamentar do CDS vai apresentar um “pedido de audição ao Secretário Regional da Educação, que tem a tutela da emigração, para ser esclarecida a situação que originou o fecho do gabinete”.
Sublinhando que “a situação na Venezuela não se modificou”, o deputado ainda censurou o facto de o executivo madeirense ter tomado esta “surpreendente decisão” sem ter dado conhecimento da mesma às “entidades e associações que têm vindo a trabalhar este problema”.
“Da nossa parte [CDS], importa perceber a razão do fecho deste gabinete”, concluiu.
Segundo o Governo da Madeira, cerca de 4.000 emigrantes madeirenses na Venezuela regressaram à região devido à situação de instabilidade vivida naquele país.
LUSA