A Comissão Política do CDS-PP/Madeira decidiu hoje repreender Isabel Torres, deputada do partido e vice-presidente da Assembleia Legislativa regional, por esta ter tomado decisões "unilateralmente", anunciou o líder centrista madeirense.
"A Comissão Política do CDS decidiu repreender a professora Isabel Torres por ter tomado unilateralmente decisões que não obtiveram o consenso do presidente do partido, tendo vindo para a praça pública questões que são do foro interno do CDS, situação que todos os membros da Comissão Política repudiam veementemente", declarou Lopes da Fonseca, no final da reunião daquele órgão.
O presidente do CDS/Madeira afirmou que a repreensão é apenas "pública e verbal" e prende-se "principalmente" com o facto de Isabel Torres ter contratado uma sobrinha para assessora na Assembleia Legislativa da Madeira sem a aprovação do partido.
A deputada esteve também envolvida em polémica devido ao facto de acumular o salário com a pensão de reforma.
Na sequência destes acontecimentos, Isabel Torres apresentou a demissão da Mesa do Congresso, mas Lopes da Fonseca realçou que a presente repreensão não terá "nenhuma outra consequência".
"A Comissão Política Regional do CDS-PP/Madeira reprova os factos vindos a público, que colocaram em causa a estabilidade política interna e o bom nome do partido", disse, sublinhando que este órgão concorda com a "atitude responsável" do presidente, demonstrando-lhe "total solidariedade" neste processo.
O líder regional vincou, ainda, que a Comissão Política vai agir de forma "firme e determinada" perante qualquer assunto do foro interno que viole o bom nome das pessoas eleitas no congresso de dezembro de 2015 e ponham em causa a legitimidade do presidente e de quaisquer outros dirigentes.
"A Comissão Política apela a todos os membros, assim como aos de mais eleitos do CDS para vários órgãos, aquando o último congresso do CDS, que pautem a sua atuação pela dignificação do partido, pelo interesse coletivo da instituição CDS/Madeira e não pelo interesse individual, agindo em prol do bem comum e do bom nome do partido", declarou Lopes da Fonseca.