O presidente do CDS/PP-Madeira disse hoje que vai "definir a estratégia" e os candidatos para as eleições legislativas nacionais, remetendo a posição da estrutura regional do partido sobre uma eventual coligação com o PSD para "meados de maio".
"No que se refere às eleições pelo círculo eleitoral da Madeira, a partir deste momento e como é normal e estatutário, vou, como presidente do CDS/PP-Madeira, definir a estratégia para as eleições legislativas nacionais e desencadear os mecanismos de escolha dos nossos candidatos à Assembleia da República", afirmou José Manuel Rodrigues.
O líder madeirense do CDS falava numa conferência de imprensa em que comunicou as decisões tomadas na reunião da comissão política dos centristas, a qual decorreu até à madrugada de hoje.
José Manuel Rodrigues remeteu uma posição do partido sobre uma eventual coligação PSD/CDS na Madeira para "meados de maio", depois da referida estratégia e da lista de candidatos serem submetidas à aprovação da comissão política do partido na região.
O responsável do CDS-PP adiantou que "está tudo em aberto" em matéria de candidatos, registando a "disponibilidade" do atual deputado do partido eleito pela Madeira na Assembleia da República (AR), Rui Barreto, "para integrar as listas", uma questão que "será debatida, no momento oportuno".
"O deputado Rui Barreto cumpriu um bom mandato na AR, depois de eu próprio ter estado lá como candidato eleito", salientou José Manuel Rodrigues, apontando que o parlamentar madeirense também "cumpriu as orientações que lhe foram dadas pela comissão política" regional do CDS/PP Madeira.
Os responsáveis centristas insulares reunidos no Funchal consideraram ser "absolutamente decisivo que a atual maioria governamental PSD/CDS ganhe as próximas eleições legislativas nacionais", considerando que "apesar de todos os erros e omissões este Governo da República, com os contributos e sacrifícios dos portugueses, libertou Portugal da ‘troika’ e iniciou o caminho do equilíbrio orçamental e do crescimento económico", declarou.
José Manuel Rodrigues sublinhou que o CDS da Madeira "tem autoridade e legitimidade" para fazer esta afirmação, visto que "muitas vezes esteve em desacordo com o governo central, como demonstra o voto contra de dois orçamentos do Estado" por parte do deputado da região no parlamento nacional.
O presidente do CDS madeirense sustentou que "Portugal não pode regressar ao passado e a esses tempos de défice e divida excessiva que conduziu o país à intervenção externa", acrescentando que "a trajetória de recuperação económica, de criação de emprego e reposição de salários e pensões tem de ser prosseguida com mais urgência a justiça social".
O PSD e o CDS/PP vão concorrer coligados nas próximas eleições legislativas, mas as estruturas regionais dos dois partidos nas regiões autónomas tem autonomia para decidir sobre esta matéria.
Na Região Autónoma da Madeira ambos os partidos têm rejeitado, ao longo dos anos, qualquer tipo de aliança.