“A Câmara Municipal do Funchal decretou luto municipal, que já começou hoje, sexta-feira, 25 de novembro e que se prolonga até domingo, pelo falecimento de João Sá Fernandes, ex-presidente da autarquia entre 1982 e 1985, estando igualmente a bandeira municipal a meia haste no edifício dos Paços do Concelho”, informou a autarquia.
A nota adianta que na próxima reunião de Câmara, que habitualmente acontece às quintas-feiras, será apresentado um voto de pesar pelo falecimento “deste ilustre madeirense e funchalense”.
No mesmo documento, acrescenta que vão ser apresentados igualmente votos de pesar pela more do Comendador José Ivo Gouveia de Sousa, falecido na África do Sul, e do produtor e realizador de cinema António da Cunha Telles, “figura fundamental e ímpar do cinema e cultura nacionais”.
Também o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, manifestou o seu “mais profundo pesar” pela morte do antigo responsável da Câmara do Funchal, João Manuel Coutinho Sá Fernandes, nascido em 1934.
O parlamento madeirense menciona que Sá Fernandes governou o Funchal (12 de dezembro de 1982 e 15 de dezembro de 1985), presidiu à Associação de Municípios da Região Autónoma da Madeira (AMRAM) de 04 de dezembro de 1985 a 09 de janeiro de 1986, “tendo o seu mandato sido marcado pela visão futurista, que tinha para a cidade, pelo rigor e pela integridade”.
Complementa que também se “distinguiu como deputado do PSD na Assembleia da República, na II Legislatura, de 1980 a 1983, onde defendeu os interesses da Madeira e do Porto Santo”.
Por seu turno, o grupo parlamentar do PSD/Madeira anunciou ter apresentado na Assembleia da Região um voto de pesar, “enaltecendo o seu contributo e a forma dedicada com que se desempenhou as suas funções”.
Recorda que foi no decorrer do seu mandato na Assembleia da República “que se fez a primeira revisão da Constituição” e que “ficou conhecido pela visão pragmática e visionária para a cidade do Funchal”.
“Tido como um homem muito culto, será recordado como uma figura afável, cuja espírito aberto e conversa fácil o faziam querido por todos”, é apontado no texto do voto de pesar dos deputados sociais-democratas.
O voto de pesar conclui que João Sá Fernandes “será recordado, inequivocamente, pela forma digna e dedicada com que desempenhou as suas funções”.
Lusa