Boris Johnson disse que a variante Delta do vírus que provoca a Covid-19 (inicialmente detetada na Índia) está a “espalhar-se mais rápido do que previsto” pelas autoridades no plano de desconfinamento anunciado em fevereiro e que isso está a refletir-se no número de hospitalizações.
“A vacinação reduz muito a transmissão e duas doses fornecem um alto grau de proteção contra doenças graves e morte. Mas ainda existem milhões de adultos jovens que não foram vacinados e, infelizmente, uma parte dos idosos e vulneráveis ainda pode morrer, mesmo que tenham recebido duas doses”, explicou.
Perante a “escolha muito difícil” entre continuar ou não com o plano, Boris Johnson decidiu dar aos serviços de saúde “mais algumas semanas cruciais para colocar as restantes vacinas nos braços de quem precisa delas”.
“Acho que é sensato esperar um pouco mais”, vincou, acrescentando que decidiu antecipar a meta de oferecer uma primeira dose a todos os adultos até 19 de julho e encurtar o intervalo para a segunda toma para os maiores de 40 anos.
Embora as outras nações constituintes do Reino Unido – Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte – tenham atenuado as medidas restritivas, irão manter vários tipos de medidas para reduzir a possibilidade de infeção.
Nos últimos sete dias, entre 08 e 14 de junho, a média diária foi de nove mortes e 7.439 casos, o que corresponde a uma subida de 11,9% no número de mortes e de 45,5% no número de infeções relativamente aos sete dias anteriores.