“Tivemos um total de 307 instalações de saúde danificadas, desde o início da guerra. Este número inclui centros de cuidados primários. Vinte e um hospitais foram totalmente destruídos e não podem ser recuperados. Terão de ser construídos novos”, indicou o governante, citado pela agência Efe.
Viktor Lyashko explicou que, tendo em conta o nível de destruição dos hospitais, os médicos “são transferidos frequentemente de um edifício para outro, que esteja intacto, para não parar o processo de prestação médica”.
O governante adiantou ainda que muitos pacientes tiveram de ser transferidos das regiões de Donestsk e Lugansk para “outros lugares mais seguros”, e que houve a necessidade de montar hospitais de campanha nas regiões mais ocidentais da Ucrânia, uma vez que, nas zonas de combate, só é possível prestar os primeiros socorros.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.