A aprovação da taxa turística é “totalmente inoportuna”, vincou o presidente da AHP, citado num comunicado. “Acabámos de sair de uma pandemia, onde a Região dos Açores foi severamente afectada, as quebras na hotelaria foram enormes, pelo que aplicar uma taxa num momento como este é um erro”.
Bernardo Trindade salientou que “o aumento de preços é já uma realidade, muito por causa da guerra na Ucrânia, o que nos deixa ainda apreensivos pois pode reflectir-se num futuro próximo em menor poder de compra dos nossos principais destinos emissores”.
A AHP espera que “esta decisão venha a ser revogada, a bem do desenvolvimento turístico sustentável da Região”, acrescentou o dirigente.
O comunicado da Associação também alerta para a “redundância perante os supostos fins de proteção ambiental que a mesma [taxa] alegadamente visa”, dizendo que estão “já assegurados por outras vias”.
A AHP, acrescenta a nota de imprensa, opõe-se à “criação de taxas que agravem o preço pago pelos turistas nas suas deslocações a Portugal, seja no Continente ou nas Regiões Autónomas, e que não tragam benefício para o próprio turista e para o destino”.
A AHP critica ainda que a iniciativa tenha sido centralizada e defende que a decisão deveria “caber a cada município, sobretudo pelas assimetrias existentes e realidade própria de cada município”. A AHP considera que “aplicar uma taxa uniforme a toda a Região não faz sentido”.