Confrontado com o facto de o responsável pela estratégia de vacinação na Agência Europeia do Medicamento (EMA), Marco Cavaleri, ter assumido a existência de uma "ligação" entre a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca e os casos de tromboembolismos após a sua administração, António Costa disse que é preciso aguardar pela posição oficial da EMA sobre essa mesma matéria.
"No quadro da União Europeia, consideramos que é fundamental que haja uma posição uniforme relativamente às recomendações e indicações fixadas pela EMA no que respeita a cada uma das vacinas. Se houver um berbicacho, então isso terá inevitáveis consequências no processo de vacinação", apontou o primeiro-ministro.
Neste ponto, António Costa referiu que o processo de vacinação na Europa tem estado "fortemente condicionado pela capacidade de produção a montante", designadamente "pelo incumprimento por parte da AstraZeneca das suas obrigações contratuais".
"Se houver restrições acrescidas, isso traduzir-se-á inevitavelmente numa maior morosidade na forma de desenvolvimento do plano de vacinação", reforçou o primeiro-ministro.
António Costa observou depois que, neste momento, na União Europeia, não há vacinas alternativas para substituir imediatamente as da AstraZeneca.
"E as indicações médicas e farmacológicas, obviamente, têm de ser seguidas e respeitadas", acrescentou.