Os deputados do Bloco de Esquerda no parlamento da Madeira sublinharam hoje que o Orçamento do Estado de 2019 deve garantir verba para o novo hospital da região, numa reunião com um representante do partido na Assembleia da República.
Num comunicado divulgado no final do encontro, os deputados regionais dizem que "tiveram oportunidade de alertar o parlamentar nacional [Moisés Ferreira] para o facto de ser necessário garantir, no Orçamento do Estado para 2019, a efetiva inscrição de uma verba destinada a arrancar com a construção da infraestrutura hospitalar regional”.
Para os deputados madeirenses, “esta questão torna-se tanto mais relevante” por o secretário regional da Saúde da Madeira ter entregado na sexta-feira, no Ministério das Finanças, a “candidatura do novo Hospital Central da Madeira a Projeto de Interesse Comum”.
No mesmo documento, os representes do BE no parlamento madeirense “lamentam o ruído criado pelo Governo Regional da Madeira em torno de uma suposta ‘falta de solidariedade nacional para com os madeirenses’ por parte do Estado”.
No entender do BE/Madeira, até “foi o executivo" regional, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque "que, só agora, avançou com a candidatura final a projeto de interesse comum”, um procedimento que era “fundamental para garantir a parte do financiamento a que o Estado Central está obrigado”.
Os deputados regionais do BE (Roberto Almada e Rodrigo Trancoso) e Moisés Ferreira, que integra a comissão de Saúde na Assembleia da República, apontam que o partido vai continuar “a fazer pressão para que o Governo do PS não falte ao cumprimento do compromisso” de comparticipar em 50% o custo da construção do hospital e dos respetivos equipamentos, um projeto estimado em 340 milhões de euros.
Os deputados regionais dizem ainda que “alertaram” Moisés Ferreira “para a necessidade de garantir o pagamento da dívida dos subsistemas de saúde à região”.
Por outro lado, pediram “a intervenção do grupo parlamentar do BE na Assembleia da República junto do ADSE, no sentido de que a situação dos atrasos de, em alguns casos, superiores a seis meses, nas comparticipações do ADSE devidas aos madeirenses sejam solucionados o mais rapidamente possível”.
O deputado nacional assegurou que “o BE nacional estará atento” as estas situações “no sentido de pressionar as instâncias competentes pela resolução de tais problemas”.
LUSA