“É fundamental que não percamos a nossa identidade, os laços que nos unem a Portugal e, neste caso, à Madeira, à casa dos vossos avós, dos vossos pais, porque precisamos também de todos vós para o futuro que já estamos a construir, um futuro que passa pela economia do conhecimento, das relações e dos laços culturais”, disse Rui Barreto na noite de sexta-feira no Centro Português de Caracas durante as celebrações locais do Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses.
“A todos vós: Em particular madeirenses, filhos e netos de madeirenses queria dizer-vos que são vocês, cada um de vós e em conjunto, quem projeta esta grande dimensão da Madeira e de Portugal no Mundo (…). Todos vós formais esta grande massa humana, de cultura e de laços que queremos que perdurem no tempo e até se intensifiquem”, frisou.
Rui Barreto destacou a persistência e tenacidade no estabelecimento de negócios prósperos e o orgulho “de ter já muitos madeirenses entre os maiores empresários da Venezuela”.
“Os empresários portugueses estão em todas as áreas de atividade, desde a panificação às farmácias, passando pela indústria, restauração, hotelaria, comércio e serviços”, sublinhou.
Segundo Rui Barreto, o Dia da Região e das Comunidades Madeirenses faz jus à importância da diáspora e a sua presença nas cerimónias, em representação do Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, “demonstra o peso e a relevância que a comunidade madeirense detém, quer na Venezuela, quer na RAM”.
Rui Barreto disse que a Região Autónoma da Madeira “não é apenas um conjunto de ilhas” no Oceano Atlântico”, é também “a sua comunidade, as suas gentes, sendo que, a Venezuela, será, porventura, o território com maior número de madeirenses e descendentes nos quatro cantos do mundo”.
“Sois embaixadores da Madeira no Mundo. E, se falamos todos a mesma língua, temos de tirar mais proveito disso (…) e se é certo, agora, que os fundos comunitários facilitam o programa de desenvolvimento regional, foram, outrora, as vossas remessas que mitigaram as dificuldades dos vossos familiares e começaram a construir a tal Madeira Nova, a Madeira que temos hoje”, disse.
Lusa