"Consideramos que a intervenção do parlamento regional, do Governo Regional, do Governo da República e da Presidência da República são importantes para a clarificação de todo este processo", afirmou Edgar Silva em conferência de imprensa na sede do PCP, no Funchal.
O líder comunista vincou que a Seguradoras Unidas (Tranquilidade e Açoreana) procedeu à denúncia das apólices de seguros aos créditos à habitação efetuados no Banif, criando assim um "novo grupo de lesados" e agravando o "universo" dos problemas gerados pelo colapso daquele banco.
O Banif foi adquirido pelo Santander Totta em dezembro de 2015 por 150 milhões de euros, na sequência de uma resolução do Governo da República e do Banco de Portugal, através da qual foi criada a sociedade-veículo Oitante, para onde foi transferida a atividade bancária que o comprador não quis.
"Através do nosso grupo parlamentar na Assembleia Regional vamos requerer que se realize uma audição para que estas questões [os seguros de vida] tenham a necessária clarificação", disse Edgar Silva, realçando que a atual comissão de inquérito criada pela Assembleia Legislativa da Madeira para o caso do Banif não inclui esta vertente do problema.
O PCP considera que importa "verificar se houve ou não abuso ou irregularidade" nos procedimentos de denúncia das apólices de seguro de vida, bem como apurar eventuais "vícios processuais" e "práticas ilícitas".
"Na salvaguarda do interesse público, requerem-se medidas bem concretas por forma a garantir a segurança e o necessário restabelecimento da confiança da sociedade do setor financeiro", disse Edgar Silva, realçando que partido vai remeter uma exposição alertando para a "gravidade" do problema aos grupos parlamentares e ao presidente da Assembleia da República, bem como ao Presidente da República.
LUSA