A Assembleia Legislativa da Madeira retoma na quinta-feira os trabalhos após as férias de verão com um debate potestativo requerido pelo CDS-PP sobre os incêndios que assolaram a região em agosto e que causaram três mortos.
"Os fogos florestais que assolaram a Madeira entre os dias 8 e 11 de agosto de 2016 são, efetivamente, uma tragédia que não pode ficar sem debate", diz o requerimento do CDS-PP.
Os centristas consideram que o debate deve ser "sereno" e não ser transformado "num desfile de egos políticos, numa luta político-partidária que o enviesaria mas, sim, numa oportunidade para que se tirem conclusões sobre aquilo que faltou e impediu uma maior eficácia na defesa das populações e dos bens materiais".
O requerimento realça ainda que o debate deve ser feito "com todos os dados em cima da mesa" e "sem tabus" para que seja possível reunir "um conjunto de conclusões que se transformarão em recomendações ao Governo e às câmaras municipais para evitar que nova tragédia se repita".
Os incêndios atingiram particularmente o concelho do Funchal, começando na zona florestal, na serra, e acabando por se alastrar à cidade, por força do vento.
As chamas destruíram parcial ou totalmente quase 300 edifícios, deixaram desalojadas mais de duas centenas de pessoas e causaram 157 milhões de euros de prejuízos.
C/Lusa