Durante uma sessão da AC, o presidente daquele organismo, Diosdado Cabello – considerado o segundo homem mais forte do regime chavista -, explicou que as sanções dos EUA e da UE visam levar as pessoas a acreditar que os sancionados "têm contas bancárias e propriedades em todo o mundo".
Segundo Diosdado Cabello, a aplicação de sanções permite que as forças que apoiam o regime se "mantenham unidas".
No entanto, alertou: "o imperialismo não tem escrúpulos", mas tem dinheiro e "conhece as nossas debilidades".
Antes, o vice-ministro das Relações Exteriores para a Europa venezuelano, Yván Gil, acusou a UE de prolongar, por mais um ano, as "sanções ilegais contra o povo da Venezuela e contra funcionários legítimos do Governo" do Presidente Nicolás Maduro.
Segundo a imprensa venezuelana Yván Gil lamentou que a "União Europeia persista" no interesse e vontade de "forçar uma saída não democrática na Venezuela", seguindo as instruções do Governo do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
As declarações do vice-ministro foram feitas na cidade italiana de Cesena, à margem do IV Forum de Pequenas e Médias Empresas.
Segundo Yván Gil as medidas da UE têm "feito sofrer" o povo venezuelano, "limitando o acesso a alimentos e medicamentos", com a intenção de "derrubar" um Governo legitimamente eleito.
No passado dia 01 de novembro os EUA anunciaram novas sanções contra a Venezuela, que passam pela proibição a entidades individuais e empresariais norte-americanas de fazer negócios com Caracas.
No caso da UE, foi hoje anunciada a decisão de renovar, por um ano, as sanções impostas a 13 de novembro de 2013, que incluem a proibição de viajar para os 28 e o congelamento de ativos de 18 pessoas, as quais considera serem responsáveis por minar a democracia e o Estado de Direito na Venezuela.
As sanções da UE incluem ainda um embargo de armas e de equipamentos que possam ser usados para "a repressão interna".
LUSA