O acordo “vai trazer alívio aos países em desenvolvimento, à beira da falência, e às pessoas mais vulneráveis, à beira da fome, além de ajudar a estabilizar os preços globais dos alimentos”, defendeu Guterres na abertura da cerimónia de assinatura do documento.
“Hoje há um farol no Mar Negro. O farol da esperança. O farol da possibilidade. O farol de alívio num mundo que precisa mais do que nunca”, afirmou.
O líder das Nações Unidas elogiou a Ucrânia e a Rússia por terem conseguido ultrapassar os obstáculos e chegar a um acordo e agradeceu à Turquia pela mediação e pela participação que terá no seu cumprimento.
Numa cerimónia realizada no Palácio Dolmabahçe, na cidade turca de Istambul, com a parceria da Turquia e da ONU, foram assinados dois documentos – já que a Ucrânia recusou assinar o mesmo papel que a Rússia – devendo o acordo vigorar durante quatro meses, sendo, no entanto, renovável.
O acordo cria um centro de controlo em Istambul dirigido por representantes das quatro partes envolvidas (Ucrânia, Rússia, Turquia e ONU), que deverão estabelecer o cronograma de rotação de navios no Mar Negro e implica que passe a ser feita uma inspeção dos navios que transportam os cereais.
As inspeções, que serão realizadas tanto à saída como à chegada dos navios, deverão acontecer nos portos de Istambul, e têm como objetivo garantir que não são levadas armas para a Ucrânia.