Já no final do debate quinzenal com o primeiro-ministro, na Assembleia da República, em Lisboa, o líder da bancada parlamentar socialista, Carlos César, apontou o facto de o défice da Madeira ser “sete vezes” mais alto do que o dos Açores, região governada pelo PS.
O PSD não devia “estar preocupado com os resultados e as contas” do Governo de António Costa, mas sim com “o único governo do PSD que resta em Portugal”, na Madeira.
A região liderada pelo PSD, num governo presidido por Miguel Albuquerque, afirmou César, “atingiu um défice de pelo menos sete vezes mais” do que o dos Açores, e deixa “faturas para pagar”.
Na resposta, António Costa reconheceu que existe essa “desagradável surpresa” do défice madeirense e que só não terá “consequências negativas” para o país devido ao bom comportamento da Região Autónoma dos Açores e das autarquias para o défice do Setor Público Administrativo.
O "desempenho orçamental do Governo da Madeira penalizou em uma décima o défice do setor público administrativo", mas, "felizmente a prudente execução financeira do Governo dos Açores e da maioria das autarquias locais" faz com que não existam "consequências negativas", acrescentou.
O país, afirmou Costa, perante os sonoros protestos da bancada do PSD, “nada fica a dever” à Madeira no controlo do défice.
Para o primeiro-ministro, o PSD “não se poderá congralutar com a verificação de todos os demónios que imaginou, que desejou e que não vão acontecer”, numa referência ao "diabo" que o líder social-democrata em funções, Pedro Passos Coelho, sobre eventuais problemas económicos para o país após a entrada em funções do executivo do PS.
Minutos antes, o líder parlamentar socialista havia dito que o PS aprendeu “com os desequilíbrios orçamentais do passado”.
C/ LUSA