Ana Catarina Mendes falava na sessão de encerramento das Jornadas Parlamentares do PS, no Funchal, num discurso em que também pediu um combate sem tréguas ao racismo e à xenofobia e em que considerou como prioridade a reforma da lei das ordens profissionais, acabando com os estágios de jovens sem direito a qualquer remuneração.
No plano estritamente político, perante os deputados socialistas, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares sublinhou que “aqueles que apostaram na espuma dos dias, aqueles que acharam que através de um caso ou outro abalavam a credibilidade do Governo e desviavam o foco do Governo, falharam”.
“Nós não nos desviamos e continuamos a concretizar os compromissos que assumimos com os portugueses, que nos deram a confiança para gerirmos o país com maioria absoluta” no parlamento, sustentou.
No seu discurso, a ministra fez uma alusão a tentativas de desprestígio do debate parlamentar e destacou o “grupo parlamentar maioritário na Assembleia da República por garantir o respeito pelas instituições e pela diversidade de opiniões”.
“Mesmo com a consciência de que somos maioria absoluta, o Governo não está demitido de estar no parlamento a prestar contas e o parlamento não está demitido de fiscalizar a ação do Governo. Ao longo da última sessão legislativa são 175 intervenções em plenário de membros do Governo e 132 presenças de membros do Governo nas comissões parlamentares, além de dezenas de projetos de lei e de resolução aprovados [pelo PS] e que foram provenientes de outros partidos”, sustentou.
Estes dados, de acordo com a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, traduzem a conceção do Governo socialista em relação à democracia.
“É a nossa conceção de responsabilidade num quadro de maioria absoluta que os portugueses confiaram há um ano e meio”, referiu.
Lusa