A informação foi avançada aos meios de comunicação social europeus por fonte oficial da presidência checa do Conselho da UE, que indicou que “os embaixadores [dos Estados-membros] acabam de chegar a um acordo político sobre novas sanções contra a Rússia”.
Vincando que esta é “uma forte resposta da UE à anexação ilegal de Putin de territórios ucranianos”, a mesma fonte adiantou que o texto será agora finalizado para o procedimento escrito estar concluído na quinta-feira de manhã, prevendo-se publicação no Jornal Oficial da União Europeia nesse dia.
“Em seguida, as sanções entrarão em vigor”, concluiu.
Na passada quarta-feira, a Comissão Europeia propôs um oitavo pacote de sanções à Rússia, face à “nova escalada” do Kremlin na sua agressão à Ucrânia, com a realização de “referendos fraudulentos”, mobilização parcial e a ameaça de recurso a armas nucleares.
O novo pacote de sanções da União Europeia inclui um teto ao preço do petróleo russo, novas restrições ao comércio para privar a Rússia de cerca de sete mil milhões de euros de receitas, uma proibição de exportações de mais produtos para privar o Kremlin de tecnologias-chave para a máquina de guerra russa e uma atualização da lista de indivíduos e entidades alvo de medidas restritivas.
Em concreto, a UE acrescentou à lista de sanções individuais os responsáveis pró-russos nas regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, ocupadas pela Rússia.
Bruxelas propôs também a proibição de prestação de serviços europeus à Rússia e a proibição de cidadãos da UE terem assento em órgãos de direção de empresas estatais russas, argumentando que “a Rússia não deve beneficiar do conhecimento e da perícia" dos europeus.
Este é o oitavo pacote de sanções aprovado pela UE desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, há sensivelmente sete meses.
Reagindo hoje à aprovação pelos embaixadores dos Estados-membros, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou a ‘luz verde’, vincando que a UE “avançou de forma rápida e decisiva”.
“Nunca aceitaremos os referendos fraudulentos de Putin nem qualquer tipo de anexação na Ucrânia. Estamos determinados a continuar a fazer com que o Kremlin [regime russo] pague”, adiantou Ursula von der Leyen.