O presidente do Governo Regional da Madeira disse hoje que a solidariedade do Estado português devia, no futuro, pagar a permanência na região de um helicóptero para o ataque inicial aos fogos florestais, contribuindo para a segurança da população.
"No futuro, o Estado português devia assumir os custos do helicóptero. Neste momento a região está a pagar 1,2 milhões de euros por ano para termos, aqui, o helicóptero e respetivas tripulações", disse Miguel Albuquerque na cerimónia de entrega de quatro viaturas ligeiras aos bombeiros da Calheta, Ribeira Brava/Ponta do Sol, São Vicente/Porto Moniz e de Câmara de Lobos.
Para o presidente do Governo Regional, "era importante que o Estado desse também um contributo para a segurança das populações da Madeira e, no âmbito da Proteção Civil, assegurar o pagamento desse meio que se tem revelado muito importante no combate aos fogos na região", exemplificando com os casos dos incêndios nas zonas altas da Ribeira Brava e, recentemente, de Câmara de Lobos, na Boca dos Namorados, que asseverou ser fogo posto.
"Espero que a Polícia Judiciária consiga apanhar o incendiário, pois tudo indica que temos ali um fogo posto de forma reiterada", disse.
De acordo com o Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC), o incêndio da Boca dos Namorados que deflagrou na terça-feira "continua ativo", mas distante de zonas habitáveis, encontrando-se no teatro de operações os Corpos de Bombeiros (Voluntários de Câmara de Lobos, da Ribeira Brava e Madeirenses) com 23 Operacionais, cinco meios terrestres e um meio aéreo.
Segundo o SRPC, "os elementos no terreno encontram-se a realizar essencialmente ações de vigilância face às zonas onde existe fogo serem inacessíveis".
Na quarta-feira, Miguel Albuquerque procedeu também à entrega de equipamento aos bombeiros de Santana, Santa Cruz e Machico, num investimento total de 700 mil euros na sequência, realçou, "da política do Governo Regional de dotar todas as corporações de meios técnicos e humanos para prevenção e combate aos fogos".
C/LUSA