Com a queda do governo do ‘Bloco Central’, o novo primeiro-ministro, Cavaco Silva, pede uma reunião com o executivo madeirense para resolver o problema do endividamento. As negociações com o então ministro das finanças, Miguel Cadilhe são difíceis mas o Estado acaba por assumir metade da dívida da Madeira.
Em 1986, quando a comunidade internacional lutava contra a segregação racial do Apartheid, Alberto João Jardim aceita receber na Madeira o presidente da África do Sul, Pieter Botha, e o ministro dos negócios estrangeiros sul-africano, Pik Botha. No país e na Madeira esta atitude é condenada. Quase ninguém soube que a sugestão tinha partido do primeiro-ministro português. Cavaco Silva procurou assim aceitar um pedido de visita dos governantes sul-africanos a Portugal, fugindo às críticas internacionais.
Na Europa Alberto João Jardim ganha mais notoriedade em 1987, ano em que assume a presidência da Conferência das Regiões Periféricas da Europa.
Nesse mesmo ano, a Caixa Económica do Funchal enfrentava problemas de liquidez. Miguel Cadilhe exige uma solução. O problema acaba por ser solucionado com a ajuda dos empresários Horácio Roque e Joe Berardo que sugerem uma operação de bolsa para conseguir o dinheiro suficiente para abrir o Banco Internacional do Funchal, o Banif.
Em 1990 Alberto João Jardim abre uma guerra com a comunicação social. Em causa o mediático derrame de crude que atingiu o Porto Santo em janeiro. Em fevereiro mergulha nas águas da ilha dourada para mostrar ao país e ao mundo que já não havia crude. O governante madeirense assume que sempre teve um relacionamento de “amor-ódio” com a comunicação social.