Zelensky propõe, assim, uma nova prorrogação após uma primeira, que foi aprovada em 15 de agosto e que termina em 21 de novembro.
Espera-se que o Parlamento aprove a medida sem qualquer oposição, como o fez em agosto.
Zelensky decretou a lei marcial em 24 de fevereiro, horas após a invasão russa anunciada pelo Presidente Vladimir Putin, que inicialmente estava prevista apenas até 26 de março, mas que acabou por ser estendida no tempo, com a evolução da guerra.
Sob a lei marcial, entre outras prerrogativas, o Governo de Zelensky proibiu a atividade política de 15 partidos, alegando que defendem posições pró-russas e a invasão da Ucrânia.
Com a lei de mobilização, o Governo decretou a proibição de abandonar o país para todos os homens entre os 18 e os 60 anos que são elegíveis para serem recrutados.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.