O líder do PS/Madeira, Carlos Pereira, afirmou hoje que a moção de censura ao Governo Regional em debate no parlamento madeirenses surgiu porque "há um colapso evidente" no executivo insular.
No discurso de abertura do debate desta segunda moção de censura apresentada ao executivo liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, o deputado regional socialista indicou que as sucessivas renovações na orgânica do Governo Regional e a "geografia delirante que marca as alterações de lugares" são "um sinal muito forte de que há um colapso evidente no caminho do governo".
"Este não é um momento de guerrilha política, mas um ato refletido", disse Carlos Pereira, que regressou à Assembleia Legislativa da Madeira, deixando o seu lugar na Assembleia da República.
Para o responsável socialista, "este é o momento de construção de um novo ciclo sem o PSD e com uma nova visão de futuro".
Carlos Pereira criticou os "dois anos e meio de nada" de governação do PSD, salientando que os resultados das eleições autárquicas de 1 de outubro "refletem o pensamento penalizador dos madeirenses".
O presidente do PS/Madeira manifestou a sua convicção de que "a grande maioria do povo da Madeira está de corpo e alma nesta censura, não está disponível para dar mais uma oportunidade a um governo completamente torto e anseia […] o fim deste martírio governativo".
"Ninguém espera nada de verdadeiramente extraordinário desta última renovação, que envolveu uma profunda alteração orgânica", insistiu, salientando que “o problema persistirá porque o que tem falhado clamorosamente é a liderança do governo e esta só se muda com a queda do governo, com uma censura e com novas eleições".
Esta é a segunda moção de censura que o XII Governo Regional enfrenta a meio do seu mandato.
Após as eleições autárquicas, Miguel Albuquerque fez uma remodelação do executivo, com a substituição de três secretários regionais e a criação da figura do vice-presidente.
LUSA