Cerca de 40 elementos dos bombeiros voluntários locais combatem hoje três frentes de fogo na Calheta, Madeira, que já obrigaram à deslocação de 60 pessoas, registando-se danos materiais em várias habitações e instalações de apoio à agricultura.
"Há dois casos mais graves no Estreito da Calheta e estamos a tentar evitar que o fogo se propague à freguesia seguinte, que é a dos Prazeres. Há já algumas casas afetadas e palheiros e falta de água e de energia em diversas zonas", disse à Lusa o presidente da Câmara Municipal da Calheta, Carlos Teles.
Os focos de incêndio, além do Estreito da Calheta, localizam-se na própria Calheta e no Arco da Calheta, zonas em que estão "várias viaturas e autotanques", bem como elementos da PSP, da Guarda Florestal, piquetes camarários e funcionários das juntas de freguesia, estes últimos no sentido de restabelecer o abastecimento de água potável e eletricidade às populações.
"As pessoas que tinham sido retiradas do centro de saúde já estão a regressar porque o perigo passou e há 60 pessoas, 50 das quais estavam no hotel do Estreito da Calheta, que se encontram alojadas agora no pavilhão gimnodesportivo da Escola Básica e Secundaria da Calheta", acrescentou o autarca.
Três pessoas morreram na terça-feira, no Funchal, na sequência dos incêndios que deflagraram no concelho na segunda-feira. As mortes ocorreram na zona da Pena, na freguesia de Santa Luzia, na travessa Silvestre Quintino de Freitas, sendo moradores de duas das residências atingidas pelo fogo.
Os incêndios que deflagraram pelas 15:30 de segunda-feira provocaram ainda dois feridos graves, um desaparecido, cerca de mil desalojados, entre residentes e turistas, além de ter destruído muitas casas e um hotel.
As autoridades tiveram de evacuar dois hospitais, diversos hotéis, estando cerca de 600 pessoas no Regimento de Guarnição n.º3 (quartel do Funchal), 300 no estádio dos Barreiros e 50 no centro cívico de São Martinho.
Cerca de 135 efetivos, 115 oriundos de Lisboa e outros 20 Açores, foram enviados para a Madeira para reforçar as equipas no combate aos incêndios.
C/Lusa