A autarquia de Câmara de Lobos retomou, na semana passada, os trabalhos de construção do Caminho Agrícola de ligação da Quinta de Santo António à Figueira de Lameiro, na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, após a interrupção no troço final do traçado do novo arruamento, devido ao processo de expropriação de terreno.
A empreitada de construção do caminho de ligação da Quinta de Santo António à Figueira de Lameiro foi iniciada em junho de 2014, tendo sido executada a quase totalidade da obra, no entanto os trabalhos foram suspensos a 17 dezembro de 2015 devido à providência cautelar interposta pelo proprietário do terreno localizado na zona da Quinta de santo António, o qual discordava do traçado da via. Face à providência cautelar, a autarquia deu início às formalidades legais inerentes ao processo de expropriação do terreno, tendo a autarquia chegado a acordo com o proprietário no passado mês de outubro, mantendo-se o traçado da via inicialmente projetado.
A nova acessibilidade viária era reivindicada desde há vários anos reivindicada pela população local e, em especial, pelos viticultores, pois o caminho agrícola atravessa uma importante área vitícola da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos.
O novo arruamento resultará numa via com a extensão total de 1084 metros, cuja acessibilidade principal liga a Rua do Damasqueiro à Estrada da Quinta de Santo António (troço com 859 metros), acrescido de um ramal para ligar a Figueira de Lameiro ao Caminho Velho do Foro (troço com 225 metros).
O arruamento principal e o respetivo ramal, para além de servir a extensa área agrícola existente no local, visa permitir o acesso automóvel a um elevado aglomerado habitacional existente ao longo do traçado e a uma área vitícola importante da freguesia, melhorando a acessibilidade aos terrenos, que atualmente é feita através de veredas. Considerando que a obra beneficia um aglomerado populacional, previu-se a execução de diversas infraestruturas como: Rede de Rega, Rede de Distribuição de Água Potável, Rede de Drenagem de Esgotos Domésticos e Rede de Iluminação Pública.
A empreitada tem um custo que ascende a 1.544.302,57 €, ao qual acresce IVA, e é financiada pelo programa comunitário PRODERAM em 91,55%.