O Ministério Público requereu o julgamento do homem acusado de matar a companheira na ilha do Porto Santo, na Madeira, à frente de outras pessoas, incluindo o neto de 13 anos, informou hoje a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).
O caso ocorreu a 8 de janeiro deste ano, quando o homem, de 40 anos, terá degolado a mulher, uma professora do ensino especial naquela ilha, natural do Barreiro.
O alegado crime ocorreu durante a tarde no sítio do Campo de Cima, na rua Urbizela, onde o casal já vivia há algum tempo.
"O Ministério Público [MP] requereu o julgamento em tribunal coletivo de um arguido pela prática do crime de homicídio", pode ler-se na página da PGDL na internet.
Segundo a nota, "no essencial está indiciado que o arguido, em 8 de janeiro de 2016, degolou a companheira à frente de outras pessoas, entre as quais se encontrava o neto da vítima de 13 anos de idade".
Segundo o MP, o neto, quando se apercebeu de que o arguido tinha entrado em casa da avó e a atacava, declarando que a matava, "conseguiu fugir, através de uma janela, e solicitar auxílio num restaurante próximo".
"Foi à chegada das pessoas que acudiam em auxílio da vítima que o arguido cortou a garganta à mesma, matando-a", acrescenta.
O MP refere que, na altura dos factos, o homem "aguardava julgamento por crime de violência doméstica qualificada contra a mesma vítima, tendo entretanto sido condenado pelo referido crime".
Após o crime de janeiro, entregou-se às autoridades.
O inquérito deste processo foi dirigido pelo MP da Instância Local do Porto Santo, em conjunto com a PJ.