"A partir de agora os leilões do Dicom (taxa de câmbio oficial), os créditos que sejam entregues pelo sistema financeiro nacional, passam a ser em euros, em yuan ou qualquer outra moeda convertível", anunciou o vice-Presidente venezuelano para a Área Económica.
Tareck El Aissami falava durante uma conferência de imprensa no palácio presidencial de Miraflores.
O governante explicou que o Governo dos EUA tem imposto sanções que impedem a Venezuela de realizar operações com dólares no mercado cambial, público e privado, e transações internacionais de pagamentos.
"Há uma proibição ilegal, arbitrária, contrária ao Direito Internacional do uso do dólar no mercado cambial nacional (…) Cada vez é muito mais hostil fazer operações", disse.
Segundo Tareck El Aissami, algumas empresas farmacêuticas venezuelanas, que receberam dólares do Banco Central da Venezuela, a preços preferenciais, viram as suas contas "encerradas" e foram "proibidas de efetuar transações com dólares".
O vice-Presidente venezuelano denunciou que os bancos têm colocado "valores irracionais" nas taxas de intermediação.
"Há setores financeiros que usaram as sanções para se enriquecerem e isso desde que os EUA agridem com maior ferocidade o nosso sistema económico", disse.
Tareck El Aissami anunciou ainda que o Governo venezuelano prevê destinar dois mil milhões de euros para operações no mercado cambial venezuelano, entre novembro de dezembro de este ano.
"Há um ressurgimento do preço do petróleo que tem gerado (mais) ingresso no país", disse.
LUSA