A advertência foi feita pelo ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino López, através da televisão estatal, vincando que o setor agroindustrial, de processamento e empacotamento de produtos alimentares tem matéria-prima para garantir a distribuição, comercialização e abastecimento de produtos a preços justos.
"Temos tido um abastecimento de matéria-prima, como não tivemos nos últimos três anos. Entrou mais de um milhão de toneladas de matéria prima. Temos ‘folga’ de matéria-prima para os produtos de maior impacto", disse.
As advertências do ministro tiveram lugar à margem de uma reunião com representantes do setor agroindustrial e das redes de supermercados, em Caracas.
Segundo Vladimir Padrino López, alguns "grupos" usam uma alegada falta de matéria-prima como motivo para aumentar o preço dos produtos comercializados no país.
Para o Governo venezuelano, os aumentos de preços dos alimentos fazem parte "da guerra económica, que busca provocar o caos na economia venezuelana, perturbá-la e destruí-la".
Neste contexto, frisou que as autoridades vão observar o comportamento dos preços, "para que o Governo bolivariano tenha todos os elementos para tomar as medidas que forem necessárias em benefício do povo da Venezuela".
"Continuaremos observando o comportamento do setor comercializador, da agroindústria, da distribuição, dos preços e vamos anunciar medidas, oportunamente", vincou.
Em janeiro de 2018, os supermercados da Venezuela, foram obrigados pelas autoridades a baixar os preços de milhares de produtos, apesar das queixas dos empresários de que eram forçados a vender a valores inferiores aos da compra.
A medida afetou um grande número de empresários portugueses.
Dias depois, já com muitas estantes dos supermercados vazias, o Governo venezuelano recuou na decisão e permitiu aos empresários usar margens de comercialização tradicionais.
LUSA