"Os veículos usados já registados em outros Estados-membros tiveram também com o confinamento e a retração uma descida face ao ano anterior, mas abaixo do que foi registado no mercado de novos. No acumulado foi uma descida de 26,9%", indicou o secretário-geral da ACAP, Hélder Pedro, que falava num ‘webinar’, organizado pela associação e pela plataforma Standvirtual.
Só em dezembro do ano passado, a perda neste segmento fixou-se em 29,2%.
Em 2020, as matrículas de ligeiros de passageiros usados e importados atingiram o pico antes da pandemia de covid-19, nomeadamente, em janeiro e fevereiro, acima das seis mil unidades.
No sentido oposto, o pior resultado verificou-se em abril com pouco mais de duas mil unidades importadas.
Já as matrículas de motociclos novos registaram, em 2020, uma quebra de 5,2%, em comparação com o ano anterior.
Em dezembro, estas matrículas recuaram 4,3%, face ao mesmo mês de 2019, ficando abaixo das duas mil unidades.
O mercado automóvel caiu quase 34% em 2020, face ao período homólogo, com 176.992 novos veículos colocados em circulação, conforme divulgou a ACAP no início da semana.
No mês de dezembro foram matriculados 18.290 automóveis, um retrocesso de 19,4% face ao mesmo mês do ano anterior.
Durante a sua intervenção no ‘webinar’, Hélder Pedro sublinhou que o setor automóvel está em "constante mutação" e que vai ter, na próxima década, "muitos desafios".
A ACAP reiterou ainda a necessidade de uma medida de estímulo à procura.
"Nós não desistiremos, neste início do ano, de avançar para essa proposta e de tentar que (…) o plano de recuperação e resiliência consagre uma verba para este setor tão importante para o país", concluiu o responsável da ACAP.