Não foi o maior, mas é um exemplar de respeito. A embarcação de pesca ‘Felicidade Rocha’ descarregou esta quinta-feira mais de 1,5 toneladas de atum rabil, fruto da captura de cinco exemplares. Um deles, na foto, destacou-se pelo peso (359 quilogramas) e pela dimensão (2,72 metros de comprimentos).
Uma boa pescaria que, mesmo assim, não foi a maior registada este ano. A Direção de Serviços de Lotas e Entrepostos da Secretaria Regional de Mar e Pescas registou este mês de abril uma descarga de 21 atum rabil da mesma embarcação. Em termos de peso, também na quinta-feira, mas no Funchal, outra embarcação descarregou um exemplar com mais de 360 quilos.
“O futuro passa por investir na formação e capacitação dos pescadores para a captura e tratamento desta espécie, e é nesse sentido que estamos a trabalhar”, disse o secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, acrescentando que o Governo Regional está igualmente comprometido com a criação de melhores condições para a exportação.
“O atum rabil tem um elevado valor económico tanto no mercado regional, como nos mercados internacionais, e o nosso objetivo enquanto Secretaria Regional de Mar e Pescas, é potenciar esse valor para os pescadores”, explicou o governante.
Desde o início do ano e até 31 de março, o valor do atum rabil descarregado nos portos regionais representou 459 mil euros. Um aumento de 8,44% em relação ao mesmo período do ano anterior, apesar de redução de 22,11% na quantidade pescada: 47,2 toneladas em 2022 para 36,7 toneladas este ano.
Em termos globais, em 2022 o atum rabil representou 806,9 mil euros na primeira venda em lota. Foi a terceira espécie mais valorizada, só ultrapassada pelo peixe-espada-preto (7,4 milhões de euros) e o atum patudo (1,5 milhões de euros). Um aumento de 55,46% em relação ao valor contabilizado em 2022 (519 mil euros). Ao nível da quantidade descarregada, a frota regional capturou no ano passado, 97,4 toneladas. Um aumento de 1,85% em relação a 2021 (95,6 toneladas).