No ano passado, registaram-se menos 1.000 milhões de chegadas internacionais no mundo, segundo o barómetro do Turismo Mundial elaborado pela OMT, e contabilizaram-se perdas em receitas de 1,07 biliões de euros (1,3 triliões de dólares), o que atira o setor para níveis de 1990.
A OMT refere ainda que se observou uma queda homóloga de 74% em termos de turistas, justificada pela quebra sem precedentes da procura e pelas restrições generalizadas às viagens, contra uma contração de 4% na crise económica de 2009.
O barómetro, segundo a agência de notícias EFE, revela também que a queda de receitas é 11 vezes maior do que a verificada durante a crise financeira de 2009, tendo ficado em risco entre 100 e 120 milhões de empregos diretos no turismo, muitos deles em pequenas e médias empresas.
Em virtude da evolução da pandemia de covid-19, muitos países estão a reintroduzir restrições ainda mais severas às viagens, medidas que incluem testes obrigatórios, quarentenas e, em alguns casos, o encerramento das fronteiras, o que dificulta a retoma das viagens internacionais, lamenta a organização.
No entanto, a OMT espera que a chegada gradual das vacinas contra a covid-19 ajude a restaurar a confiança dos consumidores e alivie as restrições à mobilidade, esperando que as viagens se normalizem lentamente durante este ano.
Por regiões, a Ásia e o Pacífico, primeira área do mundo a sofrer os efeitos da pandemia de covid-19 e uma das que continuam com as restrições mais severas às viagens, apresentou a maior queda nas chegadas em 2020, de 84% (menos 300 milhões de passageiros).
O Médio Oriente e a África denotaram, por seu turno, uma quebra de 75%, enquanto a Europa teve uma queda de 70% no número de desembarques, apesar da pequena e breve retoma no verão do ano passado, mas apresentou a maior queda em termos absolutos, com um número superior a 500 milhões de turistas.
Já a América revelou uma contração de 69% nas chegadas internacionais, apesar dos resultados ligeiramente melhores no último trimestre do ano passado.