A taxa de ocupação na hotelaria desceu 2,2 pontos percentuais em fevereiro, para 53%, e o preço médio por quarto disponível caiu 3%, face ao período homólogo, revelam dados da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).
A monitorização mensal da associação (AHP Tourism Monitors) mostra que, em fevereiro passado, a queda da taxa de ocupação registou-se em todas as categorias hoteleiras, mas destacou-se nos hotéis de 4 estrelas com uma descida de 3,3 pontos percentuais (pp) face a fevereiro de 2018.
O preço médio por quarto disponível (RevPar) foi de 37 euros em fevereiro, caindo 3% face ao mesmo mês do ano passado, sendo Lisboa (57 euros), Madeira (49 euros) e Grande Porto (40 euros) os destinos com valores mais elevados.
O preço médio por quarto ocupado registou uma subida de 1%, embora nos hotéis de cinco estrelas se tenha registado uma queda de 2% relativamente a janeiro.
A presidente da AHP, Cristina Siza Vieira, citada em comunicado hoje divulgado, classificou os resultados de fevereiro como “um claro reflexo do efeito Carnaval que, no ano passado, se festejou em fevereiro” e este ano em março.
“Carnaval e Páscoa, como é sabido, são dois momentos altos do primeiro quadrimestre para a hotelaria nacional, pelo que as alterações de calendário impactam" na atividade, disse.
Os dados da AHP revelam ainda que a taxa de ocupação hoteleira Madeira está em queda há cinco meses consecutivos e que, apesar do crescimento homólogo no preço médio por quarto ocupado, a queda na ocupação reflete-se desde o início do ano numa quebra, ainda que ligeira, no preço médio por quarto disponível.
“Isto é, apesar dos bons resultados na taxa de ocupação e no RevPar da Madeira, em termos comparados com outros destinos, preocupa-nos este registo consecutivo de performance negativa nestes indicadores, sobretudo pela queda dos hóspedes dos mercados inglês e alemão”, afirma a AHP no comunicado.
C/Lusa