A taxa de desemprego caiu para 8,5% no terceiro trimestre, uma redução de 0,3 pontos percentuais face ao trimestre anterior e de dois pontos em comparação com o período homólogo, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
"A população desempregada, estimada em 444,0 mil pessoas, registou uma diminuição trimestral de 3,8% (menos 17,4 mil), prosseguindo as diminuições trimestrais observadas desde o segundo trimestre de 2016. Em relação ao trimestre homólogo, verificou-se uma diminuição de 19,2% (menos 105,5 mil)", avança o INE.
Por sua vez, a população empregada aumentou 0,9% no terceiro trimestre face ao anterior, para 4,8 milhões de pessoas (mais 42,6 mil) e subiu 3% em termos homólogos (mais 141,5 mil), "prolongando a série de variações homólogas positivas observadas desde o quarto trimestre de 2013".
Segundo dados do INE, é preciso recuar até ao último trimestre de 2008 para encontrar um taxa de desemprego trimestral mais baixa, de 7,8%.
A taxa de desemprego dos homens situou-se em 7,7% (atingindo 207,2 mil) e a das mulheres em 9,2% (com 236,8 mil) no terceiro trimestre, tendo em ambos os casos diminuído tanto na comparação trimestral como na homóloga.
O aumento da população empregada verificou-se sobretudo no setor dos serviços (mais 53,5 mil pessoas empregadas que no trimestre anterior e mais 130 mil em termos homólogos), com destaque para os setores do comércio, reparação de veículos automóveis e motociclos, transportes, alojamento e restauração.
A diminuição da população desempregada é explicada por decréscimos ocorridos sobretudo na indústria, construção, energia e água (menos 25,3 mil desempregados comparando com o trimestre anterior e menos 60,8 mil em termos homólogos).
Também o número de desempregados de longa duração (à procura de emprego há 12 meses ou mais) diminuiu 1,9 pontos percentuais face ao trimestre anterior e 5,8 pontos em termos homólogos, atingindo uma proporção de 57,3%.
A taxa de desemprego de jovens (15 a 24 anos) aumentou 1,5 pontos percentuais face ao trimestre anterior, mas caiu 1,9 pontos relativamente ao trimestre homólogo de 2016, para 24,2%.
Nos jovens dos 15 aos 34 anos, 11,8% (ou seja, 263,4 mil) não estavam empregados, nem em educação ou formação, o que representa um aumento de 1,0 ponto percentual face ao trimestre anterior e uma diminuição de 1,5 pontos face ao homólogo.
A taxa de subutilização do trabalho, que engloba o subemprego, os trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego foi de 15,8%, tendo diminuído 0,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior e 3,0 pontos em relação ao terceiro trimestre de 2016.
Os fluxos trimestrais mostram que, do segundo para o terceiro trimestre, houve um fluxo líquido positivo do emprego (total de entradas menos total de saídas) de 42,6 mil pessoas.
Por regiões, a taxa de desemprego no terceiro trimestre foi superior à média nacional na área metropolitana de Lisboa (9,4%), no Norte e na Região Autónoma da Madeira (ambas com 9,3%).
LUSA