Para Bernardo Trindade, o plano de reestruturação da TAP, com menos aviões, pilotos e necessariamente menos voos, não vai prejudicar a Madeira, "pois em abstrato o novo de voos/frequências vai depender sempre da procura”.
No entender deste gestor, desde que a procura aumente “a companhia tem uma frota capaz de satisfazer essa procura. A TAP terá uma frota mais ajustada ao modelo ponto a ponto. Com mais aviões Embraer que traduzem uma operação do ponto de vista de custo mais barata. Quer pelas características do avião quer pelo custo da força”, destaca o madeirense administrador não executivo da TAP.
Com, uma quebra de mais de metade da procura, os preços das viagens de e para a Madeira podem ter tendência de subir, pois a pressão sobre os lugares disponíveis vai aumentar.
Bernardo Trindade considera que “uma vez mais vai depender da procura. A rentabilidade consegue-se num equilíbrio entre ocupação do avião e preço. O que podemos garantir é que a operação Madeira – Continente, num modelo ponto a ponto, será tendencialmente servida por aviões mais económicos, tal como expliquei anteriormente”.
De fora está a possibilidade dos voos para as ilhas terem obrigações de serviço público, “um conceito que foi abandonado aquando da liberalização. De todo o modo a TAP servirá sempre a Madeira. O passado recente mostrou isso: algumas companhias abandonaram a Madeira a TAP ficou. Ainda agora só a TAP serve todos os dias a Madeira na ligação com o continente”.