Segundo a organização, a recente injeção de capital de 7,5 milhões de euros na Thunder Foods SA, juntamente com o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), possibilitará a construção de uma unidade piloto de produção industrial de farinhas proteicas à base de insetos.
Santarém será o local de instalação desta nova unidade bioindustrial, que será a maior a nível nacional e está programada para entrar em operação no início de 2026.
A unidade terá capacidade para produzir dezenas de toneladas de produtos derivados de insetos por mês, principalmente destinados à alimentação humana.
Embora a startup admita que ideia de consumir insetos possa gerar alguma resistência, a Thunder Foods SA destaca a importância de encarar os insetos como uma alternativa “sustentável” e “nutritiva”.
O crescimento da população global e as limitações da produção agrícola tradicional foram alguns dos motivos referidos pela organização para o investimento nesta nova unidade industrial, referindo que estas novas fontes nutricionais vão “mais do que substituir, somar-se às atuais”.
Produtos à base de insetos já estão disponíveis em alguns supermercados portugueses, e com este investimento a empresa espera contribuir para “o crescimento do setor bioindustrial dos insetos em Portugal”, “contando agora com uma capacidade financeira acrescida para o conseguir”.
Esta é já a segunda empresa dedicada ao setor bioindustrial de insetos a instalar-se na cidade de Santarém, tornando “a região Ribatejana na capital deste novo setor”, lê-se no comunicado.